sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Preservando o digital na TV

Recentemente, encontrei um relatório recém saído do forno (junho/2010) e bem interessante sobre preservação da TV.

Apesar de ser um produto de um projeto para a preservação da velha TV, o foco de trabalho foi em relação ao que é produzido hoje já na forma digital.

Os problemas com a preservação do mundo digital na TV são muito parecidos com outros casos:

"Práticas para conservar e proteger gravações em videotape estão bem estabelecidas e os custos para manter e armazenar mídias físicas são facilmente calculados. Porém, numa era de arquivos digitais, o que é necessário para preservar programas televisivos é muito diferente do armazenamento de videotape. Não é suficiente fechar um arquivo digital e colocá-lo numa estante virtual. Para o vídeo, em particular, práticas aceitáveis para salvar e acessar arquivos muito grandes, administrar cada mudança de formatos, manter os metadados abundantes e consistentes e proteger a habilidade de visualização futura de um arquivo estão apenas surgindo."

No entanto, esse universo trás problemas específicos como o tamanho gigantesco dos arquivos que registram os vídeos digitais.

É bom que exista essa preocupação com a preservação digital da TV, pois ela já é um fato consumado em boa parte do mundo.

O relatório é muito bom e vale a pena conferir!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Migração de banco de dados

Um caso notável no universo de problemas relacionados à migração, no âmbito da preservação digital, são os bancos de dados ou bases de dados.

Um dos primeiros pontos controversos refere-se ao fato de que muitos associam preservação digital a preservação de documentos digitais. De fato, a preservação de documentos digitais é o tema mais discutido, geralmente como sinônimo de preservação digital. Mas bancos de dados podem ser considerados documentos digitais?

Bancos de dados não são entidades que contém documentos digitais? Ou pelo menos as informações de documentos digitais?

Dependendo da resposta, talvez não seja o caso de preservar os bancos de dados, mas sim a informação relevante que estiver dentro deles, se houver!

E voltando ao tema migração, caso se conclua pela preservação de bancos de dados, sua migração contínua - necessária para a preservação - é viável para qualquer caso e tecnologia?

Parece que há muitas perguntas a serem respondidas!!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Voltando à carga!

Estivemos um tempinho sem postar mensagens! Mas ainda estamos aqui!

Nesse tempo todo, ainda estive trabalhando com preservação digital. Uma coisa importante que ficou patente é a importância da MIGRAÇÃO tanto para formatos de arquivo como também para formatos de mídia.

Apesar de quase todos os manuais sempre mencionar como técnicas a MIGRAÇÃO, EMULAÇÃO e "MUSEUS TECNOLÓGICOS". Na prática, pelo menos para mim, apenas a primeira técnica parece viável e segura.

Até a próxima,

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mapa mental da preservação digital: para descontrair



A imagem ao lado (fonte: http://www.mindmapart.com/digital-preservation-mind-map-eileen-clegg/) representa uma tentativa de criar um Mapa Mental sobre a Preservação Digital.

É, no mínimo, interessante! Vale a pena tentar conferir os problemas e soluções apontados, os presentes e ausentes!

Até mais,

segunda-feira, 8 de março de 2010

Política de Preservação Digital 5

Olá!

No último dia 05 de março tive a oportunidade de proferir uma palestra sobre Políticas de Preservação Digital a convite da Secretaria de Documentação do Superior Tribunal de Justiça em Brasília em sua série Bibliotemas. Para aqueles que quiserem ter acesso aos slides da apresentação, pode-se baixar aqui uma versão em pdf.
Cada slide nessas apresentações costuma ser um guia para o discurso mais detalhado. Aqui também é o caso. Por isso faço algumas ressalvas.
O slide que mostra o cartaz do filme Time Machine indica três cenas desse filme que utilizei na palestra. A idéia era mostrar a importância da preservação digital para a humanidade. Nesse filme, em sua viagem no tempo, o protagonista visita a biblioteca de Nova York com um acervo totalmente digital, refaz a visita muitos séculos depois e ainda tem acesso a esse conteúdo digital. Na última cena do filme, esse acervo digital (ou o que restou dele) repassa a cultura ali acumulada para o que sobrou da humanidade naquele momento.
No original, nos slides onde visitamos seis bibliotecas ao redor do mundo, eu preparei um vídeo com acesso geográfico (via Google earth) e visualização das páginas web em cada biblioteca. Para ficar um arquivo menor eu retirei esses vídeos.
No mais, esperamos que o arquivo ajude a todos os brasileiros envoldidos, de alguma forma, com preservação digital a construir nossas próprias Políticas de Preservação Digital.

Até a próxima.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Preservação Digital 4

Hoje, estamos tratando da Política de Preservação Digital da Cornell University Library's (CUL). A rigor, aquela universidade chama o documento de Política para Preservação de Recursos Digitais e foi atualizado em 2006, o propósito do documento é:

“Formaliza a continuidade do comprometimento da Cornell University Library's (CUL) com a preservação de longo prazo de seus diversos e extensos acervos digitais. A CUL reconhece que um programa de preservação digital completamente implementado tem um arquivo digital confiável e sustentável como sendo sua base e deve estar de acordo com normas e práticas atuais. Esse programa contribui com a missão da universidade qual seja o de enriquecer a vida intelectual da universidade através do fomento para o descobrimento de informação e crescimento intelectual, nutrindo a criatividade, fazendo parcerias no desenvolvimento e disseminação de conhecimento novo e assegurando o acesso a esse corpus de informação através do tempo.”

A política estabelece o que deve ser preservado (Scope) em quatro categorias de prioridades:

Prioridade 1 : Materiais nascidos digitais e selecionados para preservação, aplica-se tanto a recursos bibliográficos como também a documentos institucionais;
Prioridade 2 : Materiais digitalizados sem correspondentes analógicos disponíveis;
Prioridade 3 : Materiais digitalizados com correspondentes analógicos disponíveis;
Prioridade 4 : Itens e outros materiais sem valor maior como conteúdos não essenciais à compreensão de uma coleção.


Com base na norma OAIS, a política estabelece papéis e responsabilidades com relação à Política de Preservação. Estão agrupados os papéis de produtores, gerências, administradores, consumidores, provedores de serviços e colaboradores institucionais (como organizações sem fins lucrativos).
O documento da política nos pareceu bastante amplo e vale a pena conferir o material de maneira mais detalhada.

Até a próxima!