terça-feira, 20 de outubro de 2009

Categorias de Formatos de Arquivos

Formatos de arquivo são entidades fundamentais para a compreensão dos processos de preservação digital no que cabe à preservação do conteúdo de documentos digitais. Os responsáveis por estratégias ou políticas de preservação digital são obrigados a considerar ações com relação aos formatos de arquivo, por exemplo: escolha dos formatos mais adequados para preservação digital ou migração de formatos de arquivo. Nesse sentido, uma categorização de formatos de arquivo existentes pode ser bastante útil para guiar essas ações.
No âmbito tecnológico, há um sistema de categorias chamado MIME o qual, na verdade, agrupa formatos de arquivos em grupos (http://www.webopedia.com/TERM/M/MIME.html).
Diversos repositórios de formatos de arquivo também têm suas próprias categorias, veja por exemplo a compilação de Clause em http://netarchive.dk/publikationer/FileFormats-2004.pdf.
Por outro lado, é importante não confundir a categorização de formatos de arquivo com uma categorização de documentos digitais. Essa equivalência parece não ser possível. Veja por exemplo a categoria de documentos digital textual como memorandos ou cartas. É preciso lembrar que pode-se encontrar documentos digitais textuais juntamente com imagens e/ou sons. Consequentemente, pode-se encontrar documentos digitais textuais em inúmeros formatos de arquivo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Escolha da melhor mídia

Nesse post, estamos escrevendo sobre o último folheto da série disponibilizada pelo Arquivo Nacional do Reino Unido: guidance notes. O de hoje trata da escolha de mídias para armazenamento de documentos digitais. O trabalho procura evidenciar que características devem ser levadas em conta quando se faz a escolha desse tipo de mídia, observando que “nenhuma mídia para armazenamento em computador pode ser considerada como sendo para arquivamento durável, independentemente de sua longevidade física: a obsolescência tecnológica é inevitável e todas as mídias tem ciclos de vida limitados”.


Os seis critérios que são individualmente abordados e sucintamente explicados são:


Longevidade; [recomendando o mínimo de dez anos]
Capacidade [de armazenamento];
Viabilidade; [refere-se ao equipamento possuir métodos de correção de erros]
Obsolescência; [recomenda utilizar tecnologia já testada e aprovada no mercado]
Custo; [custo total por Gigabyte]
Susceptibilidade; [ser tolerante a danos físicos e larga escala de variação de condições climáticas]


Ao final, o artigo apresenta uma tabela com um sistema de pontuação de 1 a 3 para cada uma dessas seis características acima. São comparadas mídias do tipo CD-R, DVD-R, Hard Disk, Flash Memory e fitas LTO.


Finalmente, esse trabalho apresenta uma fonte de bibliográfica de referência, que segue:


Bennett, J C, 1997, A framework of data types and formats, and issues affecting the long-term preservation of digital material. JISC/NPO studies on the preservation of electronic materials, British Library Research and Innovation Report, 50.


Trata-se de um trabalho bastante sucinto como todos os demais dessa série. Apesar disso possui informação que pode ser valiosa, principalmente, quando não se dispõe de nenhuma.
Com esse post, encerramos essa série.

Até a próxima!!!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mídias Removíveis

Comentamos hoje o número da coleção do Arquivo Nacional dedicado a cuidados com a conservação de Mídias Removíveis. O folheto aborda discos magnéticos flexíveis, fitas magnéticas, discos ópticos e dispositivos de estado sólido (como PenDrive).
As recomendações básicas apresentadas são:

Armazenar as mídias nas embalagens originais;
Armazená-las nas embalagens originais quando não estiverem em uso;
Distanciá-las de líquidos, sujeira, fumaça ou temperaturas extremas;
Armazená-las verticalmente;
Checar por sinais de deterioração semestralmente;
Aclimatá-las por 24hs antes de transferências entre acervos;
Manter os equipamentos de leitura sempre limpos.

Além disso, o folheto lista recomendações específicas para cada um dos quatro tipos de mídias acima. Ao final há uma tabela com recomendações de temperatura e umidade para cada tipo de mídia.
Conferindo a bibliografia, nota-se que o trabalho baseia-se na norma BS 5454:2000 que é uma norma britânica para a preservação de material de arquivo.

Vale a pena conferir!
Até mais.